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Walter Lima Júnior participa de projeto no Museu da Imagem e do Som

25 ago 2009

Museu da Imagem e do SomNo próximo dia 26 (quarta-feira), a partir das 13h30, o cineasta Walter Lima Júnior participa do “Depoimentos para Posteridade”, projeto do Museu da Imagem e do Som (MIS), na sede da instituição na Praça XV. Neste encontro, ele vai compartilhar com o público momentos marcantes de sua vida e carreira. O cineasta, reconhecido internacionalmente por seus filmes premiados, será entrevistado pelos amigos Beth Formaggini (historiadora do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural –Inepac – e documentarista); Dejean Magno Pellegrin (jornalista e crítico de cinema); Umberto Trigueiros Lima (jornalista); e pelo também cineasta Walter Carvalho.

Nascido em Niterói (RJ), em 1938, o diretor de cinema começou escrevendo críticas para jornais diários, mas foi em 1963 que Glauber Rocha o convidou para fazer assistência de direção no filme “Deus e o diabo na terra do sol”, iniciando assim sua carreira na sétima arte. Seu primeiro longa-metragem foi “Menino de Engenho” (1965), uma adaptação do romance homônimo de José Lins do Rego. Na sequência fez “Brasil ano 2000” (1968), pelo qual recebeu o Urso de Prata do Festival de Berlim (Alemanha) e a Concha de Ouro no Festival de Cartagena (Colômbia); e “Na boca da noite” (1970). Entre 1973 e 1978 dirigiu documentários para a televisão brasileira, como “Os índios Kanela” (1974). Na década de 70, além de concluir o longa-metragem “A lira do delírio” (1977), dirigiu dois trabalhos originalmente destinados à telinha, mas que tiveram suas versões para cinema: “Joana Angélica” (1979) e “Chico Rei”.

Já “Inocência” (1983) recebeu o prêmio de melhor direção em Brasília e prêmio Coral no Festival de Havana; mas foi o clássico “Ele, o boto” (1986), que ganhou grande repercussão nacional. Nos anos 90 dirigiu “O monge e a filha do carrasco” e o doce “A ostra e o vento”, baseado no livro de Moacir C. Lopes. Desde o começo de sua carreira Walter Lima Júnior alterna entre filmes de ficção e documentários de duração média, como “Em cima da terra, embaixo do céu” (1991) e “Uma casa para Pelé” (1992). Para a televisão fez também minisséries, entre elas “Capitães da areia e Dossiê Chato”, além do telefilme “Meu filho teu” (2001). Em 2002 teve sua biografia e filmografia publicada no livro de Carlos Alberto de Matos: “Walter Lima Júnior, Viver Cinema”. Em 2003 realizou o documentário em curta-metragem “Thomas Farkas” e, em 2005, filmou o longa “Os desafinados”, que estreou em 2008. Atualmente, o cineasta é professor de direção de atores e assistência de direção para cinema no Rio de Janeiro.

Depoimentos para posteridade

Em 1966, o MIS inaugurou o projeto “Depoimentos para Posteridade”, inédito programa de história oral criado para preservar a memória de diversos setores da cultura nacional, tais como a música, a literatura, o cinema e as artes plásticas. Atualmente conta com um acervo de mais de mil depoimentos com quatro mil horas de material gravado em áudio e vídeo de figuras notáveis, como Cartola, Nelson Rodrigues, Tarsila do Amaral, Isaac Karabitchesky, Gilberto Braga, Cacá Diegues, entre muitos outros. Vale lembrar que todos os testemunhos ficam à disposição do público nas salas de consulta do MIS. O depoimento do cineasta Walter Lima Jr. fará parte do acervo em até 48 horas, logo após o término de sua entrevista.

Serviço
Local:
Praça Luiz Souza Dantas, 01, Praça XV, Rio de Janeiro.
Data: 26 de agosto de 2009 (quarta-feira)
Horário: 13h30
Entrada franca
Informações: 2332-9511
Auditório com capacidade para 56 pessoas
Site: www.mis.rj.gov.br

Fonte: SCS

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Cinema, Dicas, Evento, História