Um jeito de ver o Mundo….

Conheça as exposições permanentes do Museu Histórico Nacional

11 dez 2010

Uma viagem pela história do Brasil em um dos museus mais importantes do país

Foto: Ricardo Bhering|Museu Histórico Nacional

O circuito de exposições permanentes do Museu Histórico Nacional foi revitalizado e está de cara nova. É uma oportunidade para conhecer um dos museus mais importantes do país, criado em 1922.

Entre as novidades estão os “Portugueses no Mundo”, que conta como foi a expansão marítima portuguesa no período de 1415 a 1822, incluindo a colonização do Brasil e a proclamação da Independência por D. Pedro I. O curioso será ouvir a “Carta de Caminha” narrada pelo ator Paulo Autran, além de efeitos especiais apresentando as rotas das navegações portuguesas entre 1415 e 1557. Já as exposições “Construção da Nação” e “Cidadania em Construção” desbravam detalhes dos principais fatos históricos brasileiros em dois momentos: de 1822 a 1889 e de 1889 até os dias de hoje, respectivamente.

Como o museu fica pertinho da Praça XV, aproveite para conhecer também o Paço Imperial, o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) e a Ilha Fiscal.

Foto: Pedro Kirilos|Riotur

Exposições Permanentes

• Portugueses no Mundo – 1415 a 1822
Apresenta desde a expansão marítima portuguesa, suas causas e conseqüências, sobretudo a colonização do Brasil, até a proclamação da Independência por D. Pedro I.
São abordados: o período da União Ibérica, com Portugal e Espanha governados pela mesma Coroa; as presenças francesa e holandesa nos séculos XVI e XVII; a expansão territorial da colônia;  a exploração de ouro e diamantes  nas Minas Gerais e seu reflexo na estética do Barroco; a contribuição cultural dos negros africanos e  seus descendentes na formação histórica brasileira; as transformações ocorridas no Rio de Janeiro e Brasil a partir da chegada de D. João, em 1808, e as causas que levaram à proclamação da independência.
Multimídia com as rotas das navegações portuguesas empreendidas (1415 a 1557) e a “Carta de Caminha”, narrada por Paulo Autran, dinamizam a exposição. Entre as peças de acervo, a moeda “Índio”, exemplar único no mundo, cunhada em prata no reinado de D. Manuel I (1495-1521).

• A Construção da Nação – 1822 – 1889
Apresenta desde a Independência até o exílio da família imperial com a proclamação da República. São abordados: os conflitos e as soluções sob a égide do Imperador D. Pedro I; sua abdicação e retorno a Portugal; o cumprimento da Constituição de 1824, assegurando o trono a D. Pedro II; a consolidação do Estado Imperial; a economia baseada na mão de obra escrava; a guerra da Tríplice Aliança; a atuação da Princesa Isabel; a abolição da escravidão, o exílio a partir da Proclamação da República.
O Imperador D. Pedro II é apresentado a partir de três enfoques: o filósofo e sua relação com os avanços artísticos, científicos, tecnológicos; o Imperador por ele mesmo, com frases do próprio revelando seu modo de ver temas como a educação, o dever do Estado, a saúde, etc. e o Imperador visto pela imprensa.
Em exposição, exemplar raro da medalha intitulada Peça da Coroação de D. Pedro I, a mesa da Constituinte de 1824, símbolos do segundo reinado, e pinturas monumentais como Combate Naval do Riachuelo e O Último Baile da Ilha Fiscal.

• A Cidadania em Construção – 1889 à atualidade
Apresenta o sistema republicano instaurado a partir de 1889, abordando os direitos políticos, civis e sociais. Ser cidadão significa pertencer a uma comunidade, exercer direitos e deveres, reconhecer a distinção entre os interesses públicos e privados.
Em exposição, o painel síntese da história do Brasil, de Clécio Penedo e o tríptico A República, de Helios Seelinger; a mesa da Constituinte de 1891; retratos de Tiradentes, cujo mito de herói foi uma criação republicana; urnas, títulos de eleitor e cédulas de votar, entre outros documentos; uniformes e instrumentos de trabalho, objetos relacionados à educação, saúde, moradia, esporte e lazer. Vídeos com imagens do século XX permeiam toda a exposição.

• Oreretama
Ambientação reproduz caverna pré-histórica do Parque Nacional da Serra da Capivara, Piauí, com desenhos rupestres representando animais. Sambaquis, encontrados no litoral do Rio de Janeiro, alertam para a necessidade de preservação dos sítios arqueológicos e do meio ambiente. Palavra que em tupi significa “a nossa morada”, Oreretama apresenta a pré-história brasileira e as populações indígenas, sua cultura, utensílios, mitos e saberes. Acervo e multimídia documentam a cerimônia do Kuarup.

• Coleção de Moedas – Uma Outra História
Recriação de um antigo Gabinete de Numismática, mostrando a formação da coleção do próprio Museu, representada por conjuntos de  moedas,  medalhas, condecorações,  papel moeda, selos, sinetes, cunhos e  matrizes, além de itens contemporâneos, como cartões telefônicos.

• As Moedas Contam a História
A evolução da moeda no mundo, do século VII a. C. ao XX, abrangendo praticamente todas as regiões habitadas do planeta. Fornece um panorama da história política, econômica e social.
Entre as peças, uma das primeiras moedas cunhadas, um meio estáter de prata do rei Creso, da Lídia, datada do século VI a.C.; moeda romana retratando o Imperador Júlio Cesar de 46 a. C. e outra em bronze – 80 dracmas – com a imagem da rainha do Egito Cleópatra VII. Todas as moedas atualmente em circulação, inclusive o euro, também estão em exposição.

• Do Móvel ao Automóvel: Transitando pela História
A única exposição de longa duração que permanece no térreo, devido ao acervo de grandes proporções, reúne 27 peças, entre cadeirinhas de arruar, berlindas, traquitanas e  um automóvel do início do século XX, o Protos, que pertenceu ao Barão do Rio Branco. Em destaque, veículos da Casa Real portuguesa e da família imperial brasileira

• Farmácia Homeopática Teixeira Novaes
Reconstituição da tradicional farmácia que funcionou de 1847 a 1983 na Rua Gonçalves Dias, no centro do Rio de Janeiro, e foi doada ao Museu em 1987 pela Fundação Roberto Marinho.

• Pátio dos Canhões
Coleção de canhões, que inclui, entre outros, exemplares portugueses, ingleses, franceses e brasileiros. Adequados ao manuseio de portadores de deficiência visual, todas as peças têm legenda em braille.

Museu Histórico Nacional
Aberto ao público de terça a sexta-feira, das 10h às 17h30m e aos sábados, domingos e feriados, das 14h às 18h. Fechado todas as segundas-feiras.
Estão isentos de pagamento (mediante comprovação): crianças até cinco anos de idade; sócios do ICOM-International Council of Museum; funcionários do IPHAN e do IBRAM; alunos e professores das escolas públicas federais, estaduais e municipais; brasileiros maiores de 65 anos; guias de turismo e estudantes de museologia. Alunos agendados da rede particular de ensino e brasileiros maiores de 60 anos e menores de 65 anos pagam a metade do valor.

Local: Praça Marechal Âncora, s/nº – Praça Quinze de Novembro – Centro
Tels.: 2550-9224 / 2550-9220
Horário: Ter-Sex, 10-17:30h – Sáb-Dom e Feriados, 14-18h
Entrada franca aos Domingos
mhn02@visualnet.com.br
www.museuhistoriconacional.com.br
Acesso: Ônibus que passem pela Praça XV – Metrô Estação Cinelândia – Terminal de barcas da Praça XV.

Fonte: GuiaRio

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