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Feira de São Cristóvão comemora 65 anos

01 set 2010

Zé Ramalho, CaraForró, Trio Aba de Couro entre outros são os convidados

No dia 02 de setembro, A Feira de São Cristóvão comemora 65 anos com um show repleto de convidados para não deixar ninguém parado – Zé Ramalho, CaraForró, Trio Aba de Couro, Trios Taperoá, Boi da Feira e Zé da Onça. Tudo isso para celebrar esse pedacinho especial no Rio de Janeiro – o Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas -, localizado no Pavilhão do Campo de São Cristóvão. Esse encontro de tradições acontece desde a década de 40, quando caminhões pau-de-arara vindos de vários estados do Nordeste chegavam ao Campo de São Cristóvão trazendo retirantes nordestinos para o trabalho na construção civil.

Lá nesse início, a festa rolava do lado de fora do Pavilhão e já trazia o sabor da comida nordestina e o som dos variados ritmos da Música Nordestina Brasileira (MNB), como forró, xote, baião, entre tantos outros. Foram 58 anos até a feira entrar para o pavilhão e o que era um ponto de encontro entre conterrâneos virou um ponto turístico. Conhecido por muitos como Feira de São Cristóvão, o local atrai, hoje, cerca de 250 mil pessoas por mês.

Entrar no pavilhão é ver, sentir e ouvir a cultura dessa terra “arretada”. Há dois palcos para shows, pistas de dança para o bom “arrasta pé”, restaurantes especializados na gastronomia local e lojas de artesanato e ingredientes de culinária. Ao todo são 700 barracas, distribuídas em ruas internas, batizadas com os nomes dos nove estados da região (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe). Importantes personagens da história local também serviram de inspiração para nomear as cinco praças – Padre Cícero, Frei Damião, Mestre Vitalino, Câmara Cascudo e Catolé da Rocha – e os palcos João do Vale, Jackson do Pandeiro e Pinto Monteiro.

Ao andar por esses espaços, qualquer um pode notar que cada canto tem sempre uma boa música rolando. É interessante e divertido observar (e ouvir) como cada barraca tem uma trilha sonora ininterrupta. São horas seguidas de MNB, entre outros ritmos, e o volume não é nada discreto. O que essa mistura de sons provoca é um “barulho” musical que se tornou uma das principais características da feira. Os palcos também recebem shows dançantes e o difícil é ficar parado na pista de dança.

Falando em gastronomia, alguns pratos são imperdíveis, como a carne de sol com aipim, a feijoada à alagoana, o cozido à baiana, o mocotó e o bobó de inhame. A maioria dos restaurantes tem uma decoração especial, com cores e imagens nordestinas, e alguns funcionários trabalham caracterizados. O legal é poder levar para casa alguns quitutes doces, como cocada e o bolo de aipim, além de farinha e manteiga de garrafa, que é um acompanhamento tradicional dos pratos salgados.

Serviço:

Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas
Endereço: Campo de São Cristóvão, S/Nº, Pavilhão de São Cristóvão – Bairro de São Cristóvão
Horários de funcionamento: de terça a quinta, das 10h ás 18h; sexta, sábado e domingo (das 10h de sexta até 20h de domingo)
Grande Festa de Aniversário da Feira
Dia: 02 de setembro, a partir das 22h.
Entrada gratuita.
Classificação etária: 18 anos
Informações: 2580-5335 ou www.feiradesaocristovao.org.br

Foto: Pedro Kirilos/Riotur

Fonte: Guia Rio

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