Coluna do Edu – 21/10/09
De volta. Olá pessoal do Visão Carioca. Estou de volta após alguns meses afastado, mas como poucos notaram a minha falta, continuo de onde parei. Êta país bom!! Conseguimos levar o direito a organizar as Olimpíadas de 2016. Todos unidos, um exemplo de civilidade. Logo depois, quando um helicóptero da PM do RJ é derrubado, desapareceu o discurso alinhado das autoridades. Cada um põe a culpa no outro. No final, as armas continuam entrando nos morros cariocas para o desespero de todos.
De bom. Mas o clima aqui é positivo! Depois de tantos fracassos, temos 2 times cariocas na disputa de 2 títulos nacionais. O Flamengo na séria A (até o fechamento da coluna) e o Vasco na série B. Para manter a mesma perspectiva ano que vêm, o Fluminense também se esforça ao máximo para tentar a inédita conquista do caneco da segundona. Já meu Fogão, anda meio lá, meio cá… Tomara que sobre, pelo menos, a Sul Americana pra gente. Mas do jeito que vem jogando o Victor Simões e o André Lima, só fracasso…
Vamos combinar de ir ao teatro. Comecei, por e-mail, uma campanha com amigos de pelo menos 2 vezes ao mês, reunir-mos para ir ao teatro. Não existe sensação melhor, na minha modesta opinião, que a sentida pela interpretação ao vivo. A primeira Reunião dos amigos foi hoje, 21/10/2009, 19:30h, no teatro SESI (Centro) para assistir um espetáculo, anunciado aqui mesmo no Visão Carioca, da Troupp Pas D’argent, chamada “Cidade das Donzelas”. A temática é o Sertão. Numa cidadezinha do sertão nordestino existe uma história de que homem e mulher bonita não sobrevivem. Lá vivem 4 barangas que botam medo em qualquer marmanjo. Mas o que elas gostam mesmo é de se divertirem com os visitantes, já que não vão conseguir muita coisa (amorosa) mesmo. Neste enredo, vários estilos musicais nordestinos são apresentados com muito bom humor. O texto é atualíssimo fazendo um “link” com as relações pós modernas e os ícones da cultura de massa e da literatura sertanista, sem nunca perder o fôlego das emboladas, versos, quadrilhas, cantigas e rimas comuns no sertão nordestino. É de chorar de rir!!!
Na próxima vamos combinar por aqui pela coluna também.
Compra-se. Quem tiver um apartamento pra vender na região de Vila Isabel, avisa aqui pela coluna. É! Por incrível que parece, tenho um amigo muito interessado em fixar moradia no bairro do nobre musical de Noel Rosa que hoje anda sofrendo ao som de fuzis e metralhadoras.
Vende-se. Não sei o que fazer com uma coleção de cartões telefônicos do início da década de 1990. Quem estiver interesse, entre em contato. Ou se você estiver na mesma situação, vamos organizar uma exposição.
Rio 2016. Um texto circula pela internet sobre uma visão diferenciada dos Europeus em relação ao brasileiro. Chama atenção por ter sido escrito por um jornalista espanhol, Juan Arias, através de um veículo importante, o “El Pais”, logo após Madri, capital espanhola, perder a disputa para sediar as Olimpíadas de 2016 para o Rio. Não fala de política. Vou destacar um trecho interessante:
“Qualquer um que passa pelo Brasil, por turismo ou trabalho, sente-se rapidamente capturado pela cordialidade, a exuberância afetiva, o acolhimento alegre de sua gente, do norte ao sul do país. “É que com os brasileiros não se pode brigar, porque sorriem até quando você fica nervoso”, me disse um correspondente argentino. É verdade. A vocação do brasileiro é mais para a paz, a amizade, o entendimento mútuo, o desejo de agradar, do que para a guerra ou a disputa. E então, o que acontece com a violência que mata no Brasil mais que em outros países? Não é uma violência brasileira, mas produzida pelo câncer do tráfico de drogas”
Clique aqui para ler a matéria de Juan Arias na íntegra
Sinto-me igualmente feliz ao ler este texto. O que me incomoda é a forma como algumas autoridades podem se valer dessa felicidade inata brasileira que conquista o mundo para tirar proveito em benefício próprio (o que os levam a uma perspectiva de extrema felicidade).
Meu amigo Cláudio Lopes, do Movimento Humanista, concorda, mas critica um certo exagero na reportagem de Arias:
“Claro, uma coisa é a visão de Madrid outra é a realidade nossa, de quem vê de dentro do furacão.
De verdade é, impressiona nossa capacidade de fazer piada com tudo, de conseguir (tentar) ser feliz apesar de tudo, acho que a grande falha da reportagem é confundir alegria com felicidade, nós somos capazes de ficarmos felizes, de aproveitar os momentos, mas estamos longe de um estado de felicidade, de qualquer forma vale pela curiosidade e pela abordagem de fora, pelo menos dessa vez não apareceu ninguém achando que tinham índios na Av. Rio Branco ou que a Amazônia é logo ali, do lado do Pão de Açúcar.”
E você o que acha disso tudo?
Deixe seus comentários ou mande um e-mail para eduardo.rolim@gmail.com.
Perfil: Eduardo foi, é e sempre será Rolim
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