Velha Guarda da Mangueira e Ivo Meirelles relembram sucessos do samba

A Secretaria Municipal de Cultura apresenta o projeto 7 em Ponto com show da Velha Guarda da Mangueira e Ivo Meirelles no dia 15 de setembro, terça-feira, no Teatro Municipal Carlos Gomes (Praça Tiradentes s/n – Centro), às 19h em ponto (com a abertura dos portões às 18h30). Eles vão apresentar neste show um repertório bem diversificado composto por “Corra e olhe o céu”, de Cartola, “Agoniza, mas não morre”, de Nelson Sargento, “Ai que Saudades da Amélia”, de Mário Lago e Ataulpho Alves, além de composições do próprio Ivo, como “O Coro tá Comendo” e “Cuidado”, em parceria com Lobão. O Ingresso custa R$10.

A Velha Guarda da escola é, na verdade, dividida em três partes: os Baluartes, que são os integrantes que escreveram a sua história e que já tem mais de 73 anos, a Ala Velha Guarda, formada por integrantes importantes na formação da escola, e a Velha Guarda Musical, formada por Tia Zélia, Erivá, Sapoty, Soninha da Pedra, Zenith, Ary, Genuíno, Jurandir, Mocinho, Quincas, Rody e Siqueira. São os integrantes mais antigos que cantam e compõem.

Cantor, compositor e instrumentista, Ivo Meirelles iniciou sua carreira na Estação Primeira de Mangueira e se tornou conhecido quando compôs, para a escola “Tem Xinxin e Acarajé” (samba campeão do carnaval 1986). Montou o “Funk’n Lata”- grupo musical que mistura samba com elementos de funk, soul, salsa, rock e rap. Atual presidente da escola, ele traz para o carnaval de 2010 o enredo de sua autoria “Mangueira Música do Brasil!”.

O projeto tem como objetivo levar música de qualidade para o palco do Teatro Carlos Gomes. O início da entrada do público meia hora antes das 7 em Ponto é uma homenagem ao antigo Projeto Seis e Meia, que inaugurou a tradição de sessões musicais populares em dias de semana no Centro do Rio. O Seis e Meia acontecia no Teatro João Caetano e era um grande sucesso nos anos 70. Recebendo grandes nomes da música brasileira como João Bosco, Clementina de Jesus, Nara leão, Dorival Caymmi, entre outros. A idéia era simples: shows a preços populares na hora em que a multidão se concentrava na Praça Tiradentes, bem na hora do rush, hora de voltar para casa, em que os pontos de ônibus da Praça – um dos locais do Rio com maior rotatividade de pessoas – estavam sempre lotados. Os shows eram uma boa saída para quem quisesse fugir do rush e não tinham opção de lazer. Foi justamente para preencher esta lacuna que Albino Pinheiro, ex-diretor do teatro, criou este projeto, que é um dos mais importantes que o Rio de Janeiro já teve, e por este motivo a Secretaria de Municipal Cultura retoma no Teatro Municipal Carlos Gomes.

Fonte: Notícias do Rio