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Iate Clube do Rio de Janeiro recebe o Mundial da Classe Star em 2010

03 abr 2009

O Iate Clube do Rio de Janeiro (ICRJ) vai ser sede da edição de 2010 do Campeonato Mundial da Classe Star da International Star Class Yacht Racing Association (ISCYRA). As disputas ocorrerão entre os dias 12 e 23 de janeiro, em raia que será montada na Baía de Guanabara.

A apresentação oficial do evento aconteceu nesta terça-feira, no ICRJ, com a presença dos velejadores Robert Scheidt, Bruno Prada e Marcelo Ferreira.

O evento inicial do Mundial da Classe Star, classe olímpica desde 1932, contou ainda com a participação de Gastão Brun, vice-presidente para a América Latina da ISCYRA, e Carlos Martins, presidente da Confederação Brasileira de Vela e Motor (CBVM).

“Velejar em casa é um sonho e poder disputar um título mundial no Brasil é muito especial”, disse Robert Scheidt, dono de dez títulos mundiais (nove no Laser e um no Star).

“O conhecimento da raia é uma vantagem, sem dúvida, mas não é decisivo. Isso pode gerar uma acomodação perigosa.”

Campeão mundial de Laser, em Fortaleza, em 2005, Robert está tranquilo quanto a pressão.

“Cheguei a Fortaleza como campeão. Todos só queriam saber qual seria a vantagem sobre o segundo colocado. Soube administrar bem essa pressão e estou preparado para competir no Brasil”, completou o ganhador de duas medalhas olímpicas de ouro e duas de prata, que lembra de outros concorrentes.

“Num Mundial, não haverá o confronto apenas com o Torben. Tem o Lars, que veleja muito bem em ventos fracos, e várias duplas estrangeiras de ótimo nível.”

Proeiro de Robert, Bruno Prada lembra que competir em casa tem outras vantagens.

“Em época de crise, é bom ter uma competição como essa no Brasil. Os custos serão muito baixos tanto de treinamento como no torneio”, afirmou.

– Prazer no Star

Marcelo Ferreira, que retomará a parceria com Torben no Mundial 2010, mostrou-se muito feliz.

“Velejar de Star é um grande prazer. É quando reencontramos os amigos. Competir na Baía de Guanabara será excelente. É uma grande vantagem para os brasileiros”, disse Marcelo, que vai disputar de 1º a 9 de agosto o Campeonato Mundial da Suécia, na cidade de Varberg, ao lado do italiano Alberto Boravier.

Torben Grael, comandante do veleiro Ericsson 4 na Regata de Volta ao Mundo, só voltará ao Star em outubro, quando começará a preparação para o Mundial do Rio. Dono de cinco medalhas olímpicas, ele não pôde participar da coletiva, apesar de veleiros da Volvo Ocean Race estarem na Marina da Glória, no Rio.

Outro velejador que esteve no lançamento do Mundial foi o espanhol Roberto Chuny Bermudez, que demonstrou seu respeito para os brasileiros.

“Ganhar dos brasileiros fora do Brasil já é muito difícil, imagina então eles competindo numa raia que conhecem como ninguém. Será realmente muito complicado.”

O presidente da Confederação Brasileira de Vela e Motor, Carlos Martins, disse que o evento será muito importante para o Rio.

“A cidade está pleiteando a sede de uma Olimpíada e precisa mostrar a sua capacidade de organização de um grande torneio, que certamente despertará interesse internacional.”

Gastão Brun, vice-presidente para a América Latina da ISCYRA, espera, numa expectativa modesta, que 60 barcos participem do campeonato.

“Hospedar um evento deste porte e conseguir trazer as grandes estrelas da vela para o Brasil foi um golaço, pois não é fácil tirar um campeonato deste porte do eixo Europa/Estados Unidos”, afirmou Brun.

“Só do Brasil acho que poderemos ter de sete a dez veleiros selecionados nas eliminatórias.”

Para o presidente da Federação do Rio de Janeiro de Vela, Edu Penido, a Baía de Guanabara estará mais limpa na época da competição.

“Vamos tratar de represar o lixo e, com isso, diminuir bastante a poluição. Outra medida será controlar o tráfego de navios na baía.”

Fonte: Final Sports

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