Coluna do Edu – 03/04/2009

É comum. Todas as vezes que se noticia assaltos e assassinatos na cidade do Rio nos é passado uma sensação de incapacidade muito grande. O que não pode ser tomada como verdade. Infelizmente é comum na região da Cidade Nova uma série de assaltos. Meu colega de trabalho, Douglas, foi vítima da temível passarela da Prefeitura (que ironia) há pouco mais de 30 dias. O Jornal do Centro já noticiou vários manifestos dos comerciantes da área pedindo mais segurança na região. E nada foi feito até…

Que se perca uma vida. Quantas vidas mais deverão se perder para agir? Não somos capazes de colocar policiais bem treinados nas ruas. Mas somos capazes de pensar. Somos capazes de resistir. De pedir, escrever, gritar e, afastar essa sensação, de incapacidade, para bem longe. Karla, que Deus a tenha.

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Medo. Trabalhei durante oito meses na Prefeitura do Rio e muitas vezes tive que sair à noite pela Travessa Guedes, em frente a Estação Estácio do Metrô. Pegava o 209 para ir a São Cristóvão, casa da patroa… Por muitas vezes fui aconselhado pelo fiscal da Viação Braso Lisboa a não ficar no local após 22:00h. Ele me confidenciava os constantes assaltos que presenciou após aquele horário, que inclusive ele se mandava dali, indo para a Leopoldina continuar trabalhando. Até quando…

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Bom humor I. Recebi de Caroline Hemerly Mills a foto da fantasia mais criativa do carnaval carioca. Confira abaixo o “Bola Preta”. Desafio quem tiver uma melhor.

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Bom humor II. Na onda da boa e velha rivalidade entre os clubes de futebol do Rio, recebi um e-mail do Alberto Magalhães apresentando o mais novo modelo de ônibus da Volkswagen, o Ônibus Rebaixado. Confira aí:

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Palavras sábias. Leiam o que José Saramago, escritor português, publicou em seu blog sobre as favelas cariocas:

“Cá para baixo, na cidade Maravilhosa, a do samba e do Carnaval, a situação não está melhor. A ideia, agora, é rodear as favelas com um muro de cimento armado de três metros de altura. Tivemos o muro de Berlim, temos os muros da Palestina, agora os do Rio. Entretanto, o crime organizado campeia por toda a parte, as cumplicidades verticais e horizontais penetram nos aparelhos de Estado e na sociedade em geral. A corrupção parece imbatível. Que fazer?”

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“Que fazer?” O governador Sérgio Cabral avança com sua política de cercar as favelas da Zona Sul. Tais cresceram abaixo da média, segundo o IPP (Instituto Pereira Passos), 6,88% contra 1,18%, respectivamente, de 1999 até 2008. Favelas como Rocinha, Pavão-Pavãozinho, Dona Marta, serão as primeiras a serem “beneficiadas” com o concreto “ecológico”. Senhor Sérgio Cabral, vamos conversar seriamente. Desde quando muro acaba com desmatamento? Vamos trabalhar. Já falamos demais sobre a Educação nesta coluna e volto a tocar no assunto, vamos construir escolas para acabar com as barreiras para o desenvolvimento. Não erguer o preconceito.

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Dia da mentira. Quem não gostou do Maradona levando uma saraivada de 6 da fraquíssima Bolívia em La Paz??? E dos títulos dos jornais brasileiros??? Virou pó na terra da coca. Santa ironia, Dieguito. Esqueceram até o dia da mentira, com uma verdade tão gostosa. Mais até do que gozar os amigos com a data.

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Por falar nisso. Não deixo a data passar em branco. Sempre tiro este dia para levar menos a sério as “verdades” que nos incomodam. Desta vez minha priminha linda do coração foi a maior vítima. Perdão minha linda. Lembre-se da data da próxima vez.

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Não pára não. Seus comentários e dicas são muito importantes. Continuem mandando suas mensagens através do eduardo.rolim@gmail.com .

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Perfil: Eduardo foi, é e sempre será Rolim.