Aprender é uma arte de guerra
Sugestão de leitura para você que está ou deseja entrar no mercado de trabalho:
Aprender é uma arte de guerra
Por Eduardo Rolim
Certos ensinamentos perduram por séculos e séculos, sendo aplicáveis às situações mais atuais. O livro A Arte da Guerra, escrito a mais de 25 séculos, pelo general chinês Sun Tzu, é um destes importantes exemplos. Nele encontram-se estratégias de guerra que foram aplicadas na China por Mao-Tse-Tung na revolução chinesa e por diversos profissionais de sucesso dos últimos anos. Tanto no contexto militar quanto no mercadológico.
A obra é um completo estudo de ação militar, baseado em metáforas. A primeira vista, pode ser comparada a um manual de ordens e estratégias. Porém, o seu simbolismo vai além de qualquer pré-suposição. É fácil o leitor se envolver e comparar seus pensamentos e ideais com os temas abordados por cada ordem de Sun Tzu a seus exércitos. Como ele mesmo deixa claro, “a paz é o seu maior produto”.
Diferentemente dos combates enfrentados a milhares de séculos, atualmente a “guerra” acontece no mercado altamente competitivo. O objetivo: conquistar clientes; o inimigo: as empresas concorrentes; a estratégia de inteligência: conhecer muito bem o mercado e a sua empresa, a economia de forças: analisar onde deve aplicar seus recursos para que os esforços não sejam em vão; a posição: liderar o mercado de forma que os concorrentes não ocupem a sua posição.
Tzu orienta com uma linguagem comum aos grandes mestres orientais, como galgar seus objetivos e manter uma visão panorâmica sobre a situação que o cerca. Sua missão não é formar apenas soldados doutrinados, mas incorporar uma cultura de organização que nenhum golpe será capaz de destituí-la.
Uma guerra longa, possivelmente, não resultará em vitórias. O tempo é um importante aliado ao exército. Quando o general é suficientemente inteligente para ordenar vários planos, os soldados não ficarão enfraquecidos ao executá-los. Caso a guerra não seja breve, podem ocorrer conseqüências irreversíveis. “Nunca esqueça: quando suas armas ficarem pesadas, seu entusiasmo diminuído, (…) outro comandante aparecerá para tirar vantagem da sua penúria. Então, nenhum homem, por mais sábio, será capaz de evitar as conseqüências que advirão.”
Este conceito pode ter desdobramentos em vários campos do conhecimento humano, mas analisemos, especificamente, o marketing. O profissional desta área deve ter o perfil do general de Sun Tzu. Formação, informação, organização e responsabilidade lado a lado com dinamismo para propor ações que integrem os funcionários aos objetivos da empresa. Satisfação aumenta o rendimento da equipe Assim é difícil outros generais tirarem proveito e ganharem mercado.
No capítulo III, Tzu, revela a perfeita forma de combater o inimigo. Ele explica que é possível vencer sem luta armada usando “a espada embainhada”. E transmite as orientações para ser vencedor. Sem destruir e sem provocar muitas baixas no exército inimigo, a conquista vem sobre o domínio do adversário causando sua total entrega. Impedir ataques com ações surpresas e rápidas, aliadas a segredo, ânimo e conhecer plenamente o concorrente garante uma importante defesa.
Assim como toda a obra do legendário general chinês, o capítulo XIII apresenta-nos um conciso ensinamento quanto às relações humanas. Muitas vezes, ter um espião denota tirar vantagem de alguma situação. Porém, é preciso ter cuidado na hora de caracterizar este que pode ser fundamental para o planejamento de seus ataques. Um espião sobrevivente pode nos trazer boas informações, porém está viciado em trabalhar sujo. Isto é perigoso. Um espião condenado pode ser comparado a um funcionário sem respeito. Aquele que não contém a confiança necessária para continuar dentro da equipe. É mantido com informações imprecisas para quando fizer parte do time adversário, não ser capaz de revelar grandes segredos. Já o espião convertido é de suma importância, pois ele revelará planos consistentes que moldarão ataques fortes aos concorrentes.
Tanto numa guerra de fato quanto no nosso dia-a-dia, manter o pensamento organizado já nos prepara para qualquer situação em que devemos atacar, expor nossa opinião, ou até mesmo impor justamente o que é conveniente. A arte da guerra trata de conflitos onde o grande diferencial está em evitá-los. Aprender a aprender é o verdadeiro legado que Sun Tzu deixa para séculos e mais séculos de histórias.
Título: A arte da guerra
Autor: Tzu, Sun
Editora: Record
Preço médio: R$28,00
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- Visão Carioca
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