Notícias do Verão Carioca
Praia
Carrinhos com chope e caipirinha são novidade nas praias do Rio
Até camarões são mantidos em isopor e fritos na hora. Vigilância Sanitária alerta para cuidados com produtos perecíveis.
Os carrinhos refrigerados – no formato dos bons e velhos carrinhos de sorvete – viraram febre nas areias do Rio neste verão. Eles agora são usados para vender chope, camarão e, em breve, até caipirinha. O menu sobre rodas vai do calçadão à beira do mar em busca da clientela, acirrando a concorrência com os barraqueiros nas praias de Ipanema e Leblon, na Zona Sul, e na Barra, na Zona Oeste do Rio.
A Brahma, por exemplo, espalhou 150 carrinhos de chope em toda a orla do Rio. Enquanto o copo de 250ml sai a R$ 2,90 e o de 400ml, a R$ 3,50. O vendedor Edivan de Souza Silva conta que chega a vender 90 litros por dia. Melhor ainda quando cai a tarde e os barraqueiros vão embora: “A concorrência diminui”, conta.
O representante comercial Ivan Brasão, que diz preferir o chope à latinha, provou a novidade no calçadão de Ipanema. “Acho que vai pegar. Tem tudo a ver com o calor, com o verão. Vi de longe e falei: Opa!”.
Bombeiros pedem cautela
Esse bar à beira-mar está prestes a expandir seu cardápio: até o carnaval a empresa “One” vai levar para a areia seus carrinhos com freezer, onde ficarão doses individuais congeladas de capirinha, em sabores como morango, frutas vermelhas e maracujá. Por enquanto, o produto é oferecido em 40 pontos de venda no Rio, como no quiosque “Quase nove”, em Ipanema, e no “Kait Surf”, na Barra.
O Corpo de Bombeiros do Rio afirma que não há regra que proíba o consumo ou a venda de bebidas na praia, mas adverte: todo cuidado é pouco ao beber e mergulhar na água. Não há números, no entanto, que indiquem quantos afogamentos são provocados por excesso de bebida alcoólica.
Milho a R$ 2
Mas os carrinhos passaram a ser usados também para vender comida: a empresa Camaretto, por exemplo, chegou às areias do Rio há seis meses, vinda de Salvador. Os camarões ficam acondicionados em isopores e são grelhados na hora, a R$ 4.
Já no calçadão reinam os tradicionais carrinhos de milho, vendidos em média por R$ 2. A iguaria está no cardápio praiano das irmãs Paula e Luciana Villalba, que são fãs ainda das esfihas e quibes vendidos nas areias de Ipanema.
“E adoro também o mate vendido em galão. Já ouvi horrores sobre ele, mas continuo tomando”, conta Paula.
Cuidados com conservação
Segundo a Vigilância Sanitária do município, entre os alimentos permitidos para consumo nas praias estão bebidas e alimentos industrializados, cujos rótulos devem conter nome e endereço do fabricante, além do registro e do prazo de validade.
No caso dos ambulantes, os alimentos perecíveis, como sorvetes, devem estar acondicionados em caixas isotérmicas, com gelo suficiente para conservação. Nos quiosques, os alimentos devem ser mantidos sob temperatura própria para cada tipo (refrigeração ou congelamento).
Já com alimentos como sanduíche natural, todo cuidado é pouco. Segundo a Vigilância Sanitária, são produtos perecíveis e de alto risco epidemiológico. A manipulação ou o armazenamento inadequados podem causar infecções alimentares com sintomas que podem ser leves, moderados ou severos, levando em alguns casos à internação hospitalar. Ainda segundo a Vigilância, esses produtos devem ser vendidos somente embalados, com registro e devidamente conservados. Entre os proibidos estão os camarões que são vendidos já fritos à beira-mar, sob o constante calor do sol.
Sorveterias
De olho no verão, sorveterias criam sabores ‘viagra’ e ‘chá verde’
Sorvete com ingredientes afrodisíacos promete estimular o apetite sexual. Sabores com bebidas alcoólicas fazem sucesso com as mulheres e turistas.
Nada melhor para suportar a alta temperatura do verão carioca que um sorvete. Melhor ainda, se ele tiver funções antioxidantes ou estimulantes para abrir o apetite sexual. De olho no público masculino, uma sorveteria na Zona Sul do Rio criou o sabor Viagro, inspirado na famosa pílula azul, o viagra, que promete dar uma força extra aos homens. Para as mulheres que não querem abusar no verão, uma lanchonete em Ipanema, também na Zona Sul, criou o milk-shake de chá verde.
O Viagro, assim batizado por Francesco Masello, um dos sócios da sorveteria Amarena, em Copacabana, virou líder de venda, após ser notícia na coluna Gente Boa, do jornal O Globo.
Segundo o comerciante, a receita do sorvete azul é originária do Sul da Itália, mas foi adaptada ao público brasileiro com a adição de ginseng e de um ingrediente que Francesco não revela de jeito nenhum. A bola do sorvete custa R$ 5,50.
“O sorvete tem ginseng, baunilha, curaçau blue para dar a tonalidade azul e um segredo guardado a sete chaves. Tem gente que toma o sorvete todos os dias e garante que dá resultado”, afirmou o proprietário da sorveteria.
Mas, para o urologista Eduardo Bertero, coordenador do Departamento de Andrologia da Sociedade Brasileira de Urologia, o sorvete não tem a mesma função do Viagra.
“O sorvete não pode ser considerado medicinal porque não leva o Viagra na sua formulação. Acredito que o efeito seja mais psicológico do que físico. Não há nada que comprove a eficácia do ginseng como um estimulante sexual” explicou o médico.
Milk-shake de chá verde e sorvete indiano
O chá verde que tem funções antioxidantes, que ajudam a neutralizar os radicais livres, responsáveis pelo envelhecimento celular precoce também é sucesso. Em busca do público que quer manter a forma, a Sorvete Brasil lançou o milk-shake de chá verde, vendido na unidade de Ipanema a R$ 8,50.
O milk-shake de chá verde tem 135 Kcal e leva sorvete de damasco light, que elimina o sabor amargo do chá.
“É uma opção de sobremesa saudável. A Sorvete Brasil já tem essa filosofia de promoção de saúde. Os sorvetes são artesanais, não levam gordura hidrogenada, nem essências”, afirmou Rosana Lamothe, sócia da sorveteria.
A sorveteria Felice Caffé, em Ipanema, na Zona Sul, lançou o sabor chai, inspirado no tradicional chá indiano. Segundo a assessoria da cafeteria, as vendas do sorvete foram impulsionadas pela novela da Rede Globo “Caminho das Índias”. A bola do sorvete custa R$ 6.
Segundo o chef, Felix Optiz, o chai é onipresente em todas as regiões da Índia e é amplamente utilizado na medicina ayurvédica por ter propriedades estimulantes, regeneradoras e afrodisíacas.
“Geralmente as pessoas criam suas próprias versões para o chai que fica muito saboroso se acrescentar cardamomo, canela, gengibre, açafrão, folhas de menta, de anis e cravo” revelou o chef.
Sorvete de Caipirinha e Prosecco
A novidade dos sorvetes para o verão também incluem a adição de bebidas alcoólicas. A gelateria Amarena, em Copacabana, criou os sabores Prosecco e Caipirinha. Segundo o sócio da sorveteria, Francesco Masello, os sorvetes só podem ser vendidos para maiores de 18 anos. Os sabores fazem sucesso entre os turistas.
“Esses sorvetes que levam bebidas atiçam a curiosidade dos clientes, que querem experimentar a novidade. Os turistas do exterior ficam doidos com o sorvete de caipirinha que leva uma cachaça de primeira qualidade” afirmou Francesco.
A Sorvete Brasil também criou uma linha de gelados que levam vinho do porto, cointreau e conhaque. A gerente da unidade de Ipanema, Eugenia Gomes, revelou que muitas mulheres chegam à sorveteria e pedem o de conhaque à noite.
“Tem mulheres que já chegam pedindo o sorvete de conhaque como se fosse a saideira da noite”, revelou Eugenia. A linha com bebidas da Sorvete Brasil inclui os sabores passas com vinho do porto, creme de laranja com cointreau e chocolate trufado com amêndoas e conhaque. A bola custa R$ 6,30.
Frutas exóticas
A Sorveteria Mil Frutas aposta nas frutas regionais para o verão. Com mais de 20 anos de experiência no ramo, a dona da sorveteria Paula Sabóia, diz que é preciso criar novos sabores para cada estação.
“Para esse verão temos dois sabores: maracujá santo, que leva capim-limão e o rosas, que é feito à base de água de rosas com framboesa e pistache. Nós criamos novidades em todas as estações do ano, até no inverno” afirmou Paula.
De acordo com a empresária, os sabores mais procurados são pitanga, taperebá, tamarindo, lichia, figo com água de coco, coco verde e jabuticaba. À pedido dos clientes saudosos, Paula diz que foi preciso relançar os sabores de uva roxa com coco e laranja com gengibre. A bola do sorvete sai a R$7.
“Fizemos reedição de antigos sabores como uva roxa com coco verde e laranja com gengibre que voltam às lojas nessa época de verão. Os sorvetes de frutas, por serem mais leves, não levarem conservantes, corantes e gordura são super revigorantes e refrescantes” explicou a empresária.
Onde encontrar:
Amarena Gelateria Italiana – Rua Barata Ribeiro 516, Copacabana.
Sorvete Brasil – Rua Maria Quitéria, 74 – loja C – Ipanema, Av. Pasteur, 520, Estação do Bondinho – Urca e Av. das Américas, 4666, lj 125 – Nível Lagoa – Barra Shopping – Barra da Tijuca.
www.sorvetebrasil.com.br
Felice caffé – Rua Gomes Carneiro 30, Ipanema e Avenida Ataulfo de Paiva, 270 – subsolo – Rio Design Leblon
www.felice.com.br
Mil frutas – Rua JJ. Seabra sº/n, Jardim Botânico
www.milfrutas.com.br
Dicas para cuidar da saúde neste verão
Alimentos leves e muita água garantem verão sem sensação de moleza.
Rio de Janeiro e São Paulo bateram recordes de temperatura. Nutricionista ensina como comer de forma adequada no calorão.
O sol brilha lá fora, a temperatura está nas alturas e você preso no escritório. Depois do almoço, é certo: vem aquela moleza típica da estação mais quente do ano. Um mal inevitável do verão? Nada disso. É possível manter a produção em alta, a boa forma e ainda se refrescar durante esses dias de calor intenso. O segredo é beber muito líquido e saber se alimentar adequadamente, ensina a nutricionista Ana Luiza Baldan.
Rio de Janeiro e São Paulo, as duas maiores cidades do país, bateram recordes de calor nesta semana e a temperatura, segundo a meteorologia, não deve baixar tão cedo. Quem precisa trabalhar e tem pressa na hora do almoço pode seguir alguns conselhos simples.
“Uma primeira dica é procurar locais que tenham restaurantes nessa linha mais saudável. O saudável também é muito saboroso”, conta Baldan, da consultoria em nutrição Equilibrium.
Para quem come em buffet ou restaurantes do tipo “self-service”, é preciso saber escolher. “Começar sempre com uma salada e evitar molhos muito cremosos. Depois, um cereal, como um arroz integral, um feijão, que é uma leguminosa, um grelhado. Pode ser um filé de peixe, com alcaparras, ervas. E muitos legumes para saciar, com fibras, vitaminas e minerais”, aconselha a nutricionista.
Entre as opções a la carte, o cuidado é com o tamanho da porção – não importa quão saudável seja o restaurante. “Não adianta ser um arroz integral ou um feijão mais leve se a quantidade for muito grande”, alerta Baldan. “Vai te dar aquela sensação de quem comeu demais. Aquela fadiga, aquele soninho, que não é legal”, explica.
Quem pode comer em casa e preparar seus próprios pratos também precisa de um pouquinho de atenção, principalmente no tocante à proteção contra o calor. “Só tirar da refrigeração no momento em que realmente for consumir”, indica Ana Luiza Baldan. O perigo é o alimento perder potencial nutritivo quando a temperatura está alta demais.
Fonte: G1
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