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Nosso trem-bala vai atrasar

08 abr 2009

Chegou com 90 dias de atraso, o que é absolutamente inadequado para um transporte de alta velocidade, mas estacionou na plataforma dos técnicos do Ministério dos Transportes o primeiro estudo técnico que o governo encomendou à consultoria inglesa Halcrow sobre o projeto do trem-bala para ligar o Rio a São Paulo capital e Campinas. O documento sobre uma obra de 11 bilhões de dólares, e sobre a qual a ministra-candidata Dilma Roussef já deu seu aval e disse que vai sair, traz detalhes sobre o traçado, viabilidade financeira, etc. É possível que ainda este mês todos os grupos interessados na concorrência tenham acesso aos dados preparados pelos ingleses. De qualquer forma, já está claro que o sonho de ter o trem-bala funcionando a todo vapor, ou a toda voltagem, até a Copa de 2014 é impossível. No lado de São Paulo, tudo deve ficar pronto a tempo, mas nas terras do Rio de Janeiro questões ambientais e geográficas na Serra das Araras serão um motivo d e atraso.

A obra tem tudo que o governo quer neste momento de crise e de véspera de eleições estaduais e presidenciais, especialmente o fomento de empregos. Para se ter uma idéia, dos 11 bilhões, quase oito bilhões serão gastos com obras civis de engenharia e que promovem grande ocupação de mão-de-obra.

São vários os grupos estrangeiros interessados e eles já  procuram associações com empresários brasileiros e com os fundos de pensão. São a francesa Alstom, a alemã Siemens, a japonesa Mitsui, as estatais responsáveis pelos trens de alta rápidos da Coréia do Sul e China e também a italiana Ansaldo Breda.

A questão da tarifa que é determinante em outras concorrências da União não deverá ter grande peso agora. Conta mais nos gabinetes de Brasília a proposta que demandar menores recursos dos cofres públicos em contrapardida. Outro critério importante é o prazo da obra. Quem apresentar condições de realizá-la em menos tempo pode ganha r a concorrência, mesmo que apresente um preço maior do que os demais. Muitas empreiteiras brasileiras já estão se movimentando em busca de associação com os estrangeiros.

O governo acredita que até julho o edital de licitação já esteja pronto para o percurso de 530 quilômetros. O que não está claro até agora e ninguém diz, nem governo nem concorrentes, é se o valor da passagem será competivo com o cobrado atualmente na Ponte-Aérea entre Rio e São Paulo. Mas esta não parece ser uma questão tão profunda quanto o desejo e tocar a obra e criar empregos.

Por Eucimar de Oliveira

Fonte: Youpode

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Ciência, Turismo
  • Edisio C Amaral
    Sobre a remodedlação das estações, principlamente a do Largo do Machado, muito bonita com aqueles paines e cores vivas que dá uma aprencia de novo e moderno, mas em compensação continua sem escadas rolantes das plataformas até ao mesanino,acho que deveria pensar primeiro na locomoção das pessoas idosas com dificuldade de andar, pois, pela largura das escadas tem espaço de demais para uma escada rolante nas duas plataformas.
    Grato por poder mim manifestar.