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Festival Carioca de Economia Solidária

05 mai 2011

Mostra revela consciência, engenho e arte de comunidades
do Complexo do Alemão, Cidade de Deus, Manguinhos e Santa Marta

O projeto Rio Ecosol, desenvolvido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico Solidário da Prefeitura do Rio, promove o I Festival Carioca de Economia Solidária, nesta sexta e sábado, no Complexo do Alemão, Cidade de Deus, Manguinhos e Santa Marta. No evento, os moradores dessas comunidades exibirão seus trabalhos artesanais – como bolsas, bordados e bijuterias – resultado da iniciativa municipal que trabalha na formação de novos empreendedores.

Aprender fazendo. Esta é a experiência que empreendedores individuais e de grupos populares do Rio vão mostrar ao público no I Festival Carioca de Economia Solidária, que mobiliza moradores do Complexo do Alemão, da Cidade de Deus, de Manguinhos e do Santa Marta, nos próximos dias 6 e 7 de maio, véspera do Dia das Mães.

A atividade é mais uma etapa do projeto RIO ECOSOL, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico Solidário da Cidade do Rio de Janeiro, que desde dezembro do ano passado vem trabalhando na formação de empreendedores desses quatro territórios neste outro modelo de desenvolvimento econômico, que se apoia nos princípios do cooperativismo, da autogestão e nos laços de confiança entre grupos produtivos.

Realizado em parceria com a Secretaria Nacional de Economia Solidária (SENAES), do Ministério do Trabalho e Emprego, com recursos do Programa Nacional de Segurança Pública e Cidadania (PRONASCI), do Ministério da Justiça, o projeto RIO ECOSOL conjuga ações de pesquisa do potencial produtivo dessas comunidades com atividades de formação em gestão de empreendimentos populares e solidários e de organização de feiras de economia solidária. Confira, abaixo, a programação do I Festival Carioca de Economia Solidária.

CIDADE DE DEUS – Na Cidade de Deus a feira acontece na sexta-feira, 6 de maio, das 14h às 20h, e no sábado, 7, das 10h às 18h, na Praça Padre Julio Grooten, em frente à UPA e ao CIEP João Batista, na Rua Edgar Werneck. Nas 50 barracas, artesãos que participam do projeto RIO ECOSOL, frequentando oficinas de formação e comercialização em economia solidária, estarão oferecendo ao público seus produtos. Há desde bolsas e blusas de crochê e toalhas e lençóis bordados e pintados, até máscaras decorativas feitas com sementes e velas e sabonetes artesanais produzidos com o óleo de cozinha recolhido nas casas do conjunto habitacional. Na programação cultural, o entretenimento está entregue ao talento de grafiteiros, que vão mostrar suas mensagens em compensados recolhidos no lixo, e de grupos de teatro, poesia e dança funk.

COMPLEXO DO ALEMÃO – O Festival reunirá 50 empreendedores e será realizado nos dias 6 e 7 de maio, das 10h às 18 horas, na Vila Olímpica Complexo do Alemão, na Grota, Estrada do Itararé, 460, Ramos. Na vitrine aberta da comunidade, bolsas feitas de papel de revista, bijuterias e adereços em fuxico e sementes, chaveiros de zíper e vassouras de PET, entre outros produtos. Na agenda cultural, apresentação de grupos de dança formados por crianças e jovens da comunidade, shows da banda Projeto Terra Férfil, de música pop, e do grupo Samba de Raiz, ligado à ONG Raízes em Movimento, com repertório variado. Nos dois dias de atividades, o público poderá participar de oficinas de grafite e artesanato.

Antecipando o futuro, os empreendedores do Projeto RIO ECOSOL vão testar o uso de uma moeda solidária local, a Verdinha, associada à campanha de incentivo à coleta seletiva de lixo. Cada quilo de garrafa PET depositada na barraca da coleta seletiva será trocado por moeda solidária equivalente a R$ 0,60, que poderá ser usada nas compras em qualquer barraca do festival. No final da festa, o empreendedor leva a moeda social na barraca da coleta seletiva e faz o câmbio, trocando pelo real.  Os organizadores do festival aproveitam para fazer campanha educativa de prevenção à dengue, com a participação de agentes de saúde e o suporte de um microscópio para identificação do mosquito transmissor da doença.

COMPLEXO DE MANGUINHOS – Moda, artesanato, grafite e muita música dão o tom no Festival de Manguinhos, que acontece na sexta, 6 de maio, das 14h às 22h, e no sábado, dia 7, das 11h às 20h, no Parque de Manguinhos, em frente à Biblioteca do Complexo, na Av. Dom Hélder Câmara, 1184. Roupas artesanais para homens e mulheres, sandálias customizadas, bolsas e bijuterias com pedrarias estarão à venda nas 50 barracas do evento e poderão ser apreciadas nos desfiles apoiados no charme e na elegância de top models locais. Ao entardecer, a animação fica a cargo de bandas de pagode, forró e música pop. A barraca Criar Som, além de expor e vender instrumentos musicais feitos a partir de material reciclado – como tambor d’água, tambor de mola, caxixi, xequerê e berimbau, entre outros – vai ensinar como se toca e como se produz os instrumentos expostos.

SANTA MARTA – Sábado, 7 de maio, a festa começa cedo, às 9h, na Praça Corumbá, na entrada da comunidade, à Rua São Clemente, esquina com a Rua da Matriz, em Botafogo. Em 20 barracas padronizadas, em ferro e lona, produtores individuais e associados estarão expondo e vendendo seus trabalhos. A oferta inclui bijuterias, peças em mosaico, artesanato em PET, bolsas de material reciclado, lingerie customizada, bordados, panos de prato e fogão. Durante todo o dia, o Festival do Santa Marta será embalado por uma animada agenda cultural, que começa logo de manhã, com a empolgação do bloco carnavalesco Spanta Neném, de Botafogo, a irreverência do palhaço Benedito, alegria do morro, e a arte de grupos de capoeira que atuam no território. À tarde, tem esquete teatral sobre economia solidária, hip hop com o grupo Sky Dance, show do MC Fiel e apresentação de bandas de música, reunindo instrumentistas de sopros, cordas e percussão – flautas, violinos, violões, cavaquinhos, pandeiros. A festa termina às 20h, com o desfile da grife Costurando Ideais. O DJ Thiago assina a produção musical.

Fonte: DOM

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