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Inauguração do Monumento a Dom Helder Câmara no Rio de Janeiro

12 nov 2010

Para homenagear aquele que tanto fez pela cidade do Rio de Janeiro, Dom Helder Câmara, a Arquidiocese do Rio fixará uma escultura do Profeta da Paz, como ficou conhecido, em frente à Paróquia São Benedito, em Pilares (Avenida Dom Helder Câmara, 6653, Pilares). No dia da inauguração, 13 de novembro, uma missa será presidida às 9h pelo Arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta. Às 10h haverá a inauguração e benção da escultura. Durante todo o dia acontecerá a Ação Global na quadra da Igreja.

Na cidade do Rio, as homenagens a Dom Helder não são de hoje. Durante a gestão de Luiz Paulo Conde, na Prefeitura do Rio, de 1997 a 2001, a antiga Avenida Suburbana passou a ser chamada de Avenida Dom Helder Câmara. Essa homenagem representa um importante reconhecimento às ações de Dom Helder, que se envolveu de corpo e alma na história da Cidade Maravilhosa.

Sua trajetória na Cidade começou em 1936 e seguiu até 1964, período em que o Rio de Janeiro estava marcado por diversos contrastes, pela miséria e pelas condições precárias de vida nas favelas. Passou a atuar com toda a força e determinação em prol de toda a população carente, que merecia a sua atenção.

Em 1955, o padre Helder Câmara tornou-se bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro. Esse ano foi decisivo para Dom Helder que, ao organizar o Congresso Eucarístico de 1955, demonstrou o seu dom para trabalhos sociais. Com essa realização, Dom Helder se mostrou capaz de conseguir apoio de empresas e do governo, de angariar recursos, e, principalmente, de mobilizar a sociedade.

Ele começava, então, a direcionar suas atividades em favor dos mais necessitados, criando instituições que atuam ainda nos dias de hoje. Um dos seus primeiros feitos foi a Cruzada São Sebastião, conjunto habitacional no Leblon, Zona Sul do Rio de Janeiro, que tinha por objetivo tratar da moradia precária na Cidade. Essa iniciativa condizia com o seu projeto de erradicar as favelas cariocas.

O Bispo do Rio preocupava-se não só com a reorganização urbana, mas também com as condições de vida da população. Com isso, Dom Helder construiu, em 1962, o Mercado de São Sebastião, na Penha, para alimentar as comunidades carentes. Banco da Providência, Feira da Providência e Comunidade de Emaús são outras instituições que fazem parte das obras de Dom Helder e que atuam até hoje.

Exemplo de força e determinação, Dom Helder é lembrado e eternizado pelo testemunho que deixou. Para a Cidade Maravilhosa, Dom Helder deixou um importante legado de amor e de luta pela dignidade da pessoa humana.

Por isso, homenagens a ele são mais do que merecidas. São formas de agradecer pelo seu empenho e pela sua fé na cidade do Rio, acreditando na sua possível melhoria e transformação, a fim de que uma vida mais digna e mais humana fizesse parte da realidade de todos os moradores da Cidade.

Larissa Moggi

Fonte: ARJ

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Cidadania, Evento, História