Rio: futebol, praia, sol, cerveja e… celular.

Para inaugurar a coluna de tecnologia aqui no Visão Carioca, resolvi escrever um pouco sobre o aparelho preferido daqueles que vivem no Estado do Rio de Janeiro: o celular. A escolha foi muito simples, pois este aparelhinho está entre as mais notáveis paixões do carioca. Muita gente adora ir à praia, curtir um sol, beber chopp ou cerveja e jogar ou assistir uma boa partida de futebol. E no meio dessas atividades, o celular está sempre ao lado. Mesmo aqueles que não gostam de nenhuma dessas coisas, ainda assim, ostentam seus aparelhinhos que servem não somente para se comunicar mas também como perfeitos substitutos dos atuais tocadores de MP3 e como máquina fotográfica e ainda cliente de e-mail, e mais o que o aparelho puder fornecer.

Ou seja, no Rio de Janeiro, não importa classe social, idade, religião, estado civil, praticamente todo mundo tem um celular. Essa afirmação é provada pelos números da Agência Nacional de Telecomunicações – a ANATEL – o estado do Rio possui nada mais nada menos do que 15.471.982 de linhas ativas, isso corresponde a 98,33%!

São números realmente incríveis, esses números são relativos ao mês de Março deste ano, e mostram que a “teledensidade” por aqui é realmente alta. Para cada 100 habitantes, 98 pessoas possuem uma linha ativa. Supondo (a grosso modo) que essas 2 pessoas que restam, uma delas é um bebê e a outra não tem linha ativa mas mesmo assim tem um aparelho parado em casa. Podemos afirmar categoricamente, sem exageros que no Rio todo mundo tem celular.

Frente a esses números não é difícil imaginar que o nosso estado está bem posicionado em relação ao País. O Rio ocupa o primeiro lugar da região sudeste e o segundo lugar do Brasil em teledensidade, só perdendo para o Distrito Federal onde o número de linhas é de 143%, isto é, mais linhas ativas do que população.

Outro número interessante no Rio é a relação entre linhas pré-pagas e pós-pagas. São mais de 11 milhões e 600 mil linhas pré-pagas no estado, o famoso celular de cartão atinge com isso 75% da população deixando para as linhas “de conta” os 25% restantes correspondentes a pouco mais de 3 milhões e 800 mil linhas.

Para encontrar estes resultados, vá ao site da Anatel, clique em Sala de Imprensa > Anatel em dados > telefonia móvel.

Portanto, celular no Brasil, inclusive no Rio é um bom negócio que pode ser explorado de diversas formas. Se você pensa em criar uma empresa e ainda não sabe que ramo atuar, acessórios para celular como capas, baterias, cartões de memória podem ser boas apostas, mas claro, tudo dentro da legalidade e com qualidade. Serviços especializados como manutenção de aparelhos, desenvolvimento de jogos e utilitários também já são áreas com prosperidade.

O único ponto negativo dessa paixão, é que ela pode doer no bolso. Manter-se atualizado usando sempre o aparelho mais moderno pode custar caro, aliás, muito caro. Celulares como qualquer outro gadget podem ser muito caros quando o modelo é um topo de linha. Comprar um aparelho pelo simples fato de ser mais bonito que o atual geralmente não terá uma boa relação custo/benefício. Deve-se ter muito cuidado com a tentação das superpromoções das operadoras, fatalmente elas são acompanhadas pela obrigação de permanecer no contrato por um tempo, geralmente de 1 ano, que se não for cumprido paga-se multa contratual.

Já tratei sobre o assunto impulsividade ao comprar tecnologia no meu blog, você pode ler clicando aqui .

Portanto, há como fazer valer os números cariocas. Se 99% da população do Rio possui linha ativa e, consequentemente, pelo menos um aparelho, as operadoras para nos fazer trocar de celular precisam dar ainda mais vantagens para nós. Em tempos de crise, é válido perguntar para si mesmo: “preciso realmente trocar de aparelho?”

Para que as operadoras não pensem que faço aqui uma campanha anticompras e particularmente como entusiasta de tecnologia, afirmo que devemos aproveitar o que há de mais avançado no mercado. Só fica a dica, aprecie com moderação!

E por falar em dica, sempre que terminar uma coluna, pretendo deixar uma dica relativa ao assunto tratado. No caso de nossos telefones móveis, essa vai para quem corre o risco (todos nós, infelizmente) de ter seu aparelho roubado:

Do mesmo jeito que é possível ligar para operadora de cartão de crédito e inutilizar o cartão em caso de roubo, é possível fazer o mesmo com seu aparelho. Caso você perca seu aparelho na rua, faça o seguinte:

* Ligue para sua operadora de celular e informe que foi roubado e que deseja bloquear a linha para evitar que cheguem faturas absurdas para você e diga também para bloquearem o aparelho. Para isso, informe o número de série do seu aparelho, ele é único, como se fosse o CPF do seu aparelho.

* O nome deste número de série é IMEI (pronúncia: /ái-mei/) – abreviação de International Mobile Equipment Identity (Identificação Internacional de Equipamento Móvel), normalmente pode ser encontrado atrás da bateria, no certificado de garantia que vem com o aparelho, no contrato do seu plano com a operadora e por último, no próprio aparelho.

* Basta digitar *#06# no seu celular e no mesmo segundo irá aparecer um número de 15 algarismos. Anote esse número em um lugar seguro longe do aparelho. A seqüência numérica que aparece é a que você vai informar à operadora ao informar o roubo, você pode utilizá-la também no boletim de ocorrência. Se todos tomarem esta atitude, os ladrões vão perceber que roubo de celular é inútil, já que em algumas horas estarão com um aparelho que não servirá para nada.

* Mas, CUIDADO, o celular uma vez bloqueado pelo IMEI NÃO FUNCIONARÁ MAIS, caso tenha perdido e mais tarde o encontre caído embaixo do sofá, por exemplo, não conseguirá usá-lo, então somente bloqueie se realmente tiver certeza que não verá mais seu aparelho.

Sugiram assuntos para esta coluna, quinzenalmente estarei aqui falando um pouco sobre tecnologia.

Carlos Magno, 27/04/2009 – Mania por Tecnologia