Um jeito de ver o Mundo….

Lenine lança ‘Labiata’

24 nov 2008

Com patrocínio da Natura, projeto selecionado no Edital Nacional 2007 do programa Natura Musical traz CD com onze canções inéditas, parcerias com Arnaldo Antunes, Paulo César Pinheiro, Chico Science e Lula Queiroga, dentre outros

Apaixonado confesso pelas orquídeas, Lenine escolheu uma de suas mais famosas espécies para batizar seu novo trabalho, ‘Labiata’. Prova de que não apenas os opostos se atraem. Esta espécie se adapta bem a qualquer região. Possui uma ampla variedade de matizes de cores e vive tanto no nível do mar como a dois mil metros de altitude. Tal qual a obra de Lenine. Ele faz música regional, pop, rock, samba, eletrônica, pessoal e universal. É muitos e um só. Muda para se manter o mesmo. De ‘Baque Solto’, de 1983, a este trabalho recém gestado, a trajetória é repleta de intersecções, que podem apontar para novos caminhos ou simplesmente para formas diversas de se chegar ao mesmo ponto. ‘Labiata’, que será lançado em setembro, marca a estréia de Lenine na Universal Music e a parceria com a Natura, por meio do programa de patrocínio à cultura Natura Musical .

Labiata’ já nasceu de forma diversa dos trabalhos anteriores de Lenine. Ele entrou no estúdio sem repertório algum, criou durante o próprio processo de gravação. “Geralmente, quando você começa a fazer um disco, já tem um pedaço dele pronto. Nesse, por uma conjugação de falta de tempo e também por querer testar esse frescor de compor e gravar, fui fazendo assim, criava a música de noite e no outro dia ia para o estúdio”, explica.

O cd é o primeiro trabalho de estúdio de Lenine após seis anos – o último foi ‘Falange Canibal’, de 2002. Com produção de JR Tostoi e de Lenine, ‘Labiata’ coloca o artista ao lado de seus parceiros de palco nos últimos anos, como o próprio Tostoi, Pantico Rocha e Guila. “Esse trabalho tem uma grande diferença. Em todos os meus discos de estúdio, tratava cada canção como se fosse um projeto independente, fechado em si. Eu fazia com pessoas diferentes. Esse não. Eu aproveitei essa experiência desse grupo de músicos que estão comigo há tantos anos e fizemos todo o disco juntos. O somatório dessas pessoas criou um outro ser, que é muito maior do que cada um individualmente e que já tem uma cara”, complementa.

Lenine afirma que o disco, mesmo sendo de estúdio, tem a pulsação de um trabalho ao vivo. “O ‘Labiata’ tem essa peculiaridade, soa como se tivesse sido gravado ao vivo, por conta da banda tocando junta, ali, na hora, sem muitos overdubs”. Ele acredita que essa cumplicidade transpareça no resultado final. “Tem uma sintonia muito grande, é um som realmente de banda. É meio que uma simbiose, cada um vai pegando um pouco do outro. A gente praticamente não se fala mais, basta um olhar que neguinho já entende o que o outro quer. O ‘Labiata’ é muito íntimo desse sentido”.

A maioria do disco foi gravado no estúdio do JR Tostoi, que além de produzir, fez guitarras, programações e edições. “Este trabalho tem aquela coisa do ‘quintal de casa’, brinca Lenine. Primeiro gravava uma versão da canção com o JR Tostoi, só de violão e voz, com no máximo um beat. Descobria o ritmo da música e já esquecia, ia para casa e fazia outra. No dia seguinte, gravava novamente. Depois de uns 15 dias, a gente parou para ouvir e começamos a pré-produzir”, acrescenta.

Os parceiros habituais de Lenine estão presentes em ‘Labiata’: Bráulio Tavares, Lula Queiroga, Dudu Falcão, Ivan Santos, Paulo César Pinheiro, Carlos Rennó e Arnaldo Antunes. Mas o disco registra também sua primeira parceria com Chico Science, ‘Samba e leveza’.  “Essa tem uma história muito peculiar. Eu conheci o Chico em vida, nunca fui muito íntimo dele, embora tenha uma admiração profunda pelo trabalho dele e da Nação Zumbi. A irmã dele, Goretti, foi à minha casa, me mostrou esses fragmentos e me pediu que esse texto virasse canção”.

O disco é 100% autoral. Com Arnaldo Antunes, Lenine assina duas parcerias. “O Arnaldo é um parceiro mais bissexto, fizemos poucas músicas juntos. Nesse caso, ficaram duas no disco, ‘O céu é muito’ e ‘Excesso exceto’. Eu tenho um carinho enorme pelo Arnaldo, é uma das grandes cabeças desse país”, exalta Lenine. ‘Excesso Exceto’ conta com a participação especial de China, ex-vocalista do Sheik Tosado e vocalista da banda Del Rey.

‘Lá vem a cidade’ é mais uma da safra com Bráulio Tavares, que já produziu pérolas como ‘Miragem do Porto’ e ‘O dia em que faremos contato’, entre outras. “Ele é o cara, um dos grandes mentores da minha geração. O texto dessa canção tem a ver com a preocupação que temos com o degelo que está acontecendo muito rápido”.

‘Magra’ é uma composição de Lenine dividida com Ivan Santos. “Ele é mais do que parceiro, é um grande poeta, um cara que está há quase 20 anos longe do Brasil. Essa canção é bem enxuta. Na hora que a gente estava gravando uma demo, estava com uma calça de frio um pouco mais grossa e fiz toda a base-ritmo passando as unhas na calça, que era o som magrinho que a gente queria. Adoro essa “ruídagem”, de pequenos sons, que você usa como ferramenta e como elemento sonoro dentro da música. Todos os meus discos têm isso”.

Com Paulo César Pinheiro, Lenine compôs ‘Ciranda Praieira’. “Essa letra parece que foi feita há 200 anos atrás. Ela tem uma coisa que já parece um clássico”. A faixa conta com a participação especial do músico galego Carlos Núñes e do Quinteto da Paraíba. Outro parceiro constante, Dudu Falcão, comparece com ‘É o que me interessa’, presente na trilha da novela ‘A Favorita’, da Rede Globo.

Pedro Luís e a Parede participam de duas faixas de ‘Labiata’: ‘A Mancha’ (Lenine/Lula Queiroga) e ‘É Fogo’ (Lenine/Carlos Rennó). “Paralelamente a esse disco, eu estava produzindo o novo cd da PLAP (Pedro Luis e a Parede). Quis tê-los, porque reafirmava todas essas confluências acontecendo a ponto de estarmos fazendo os dois discos juntos”.

O disco abre e fecha com duas composições solo de Lenine: ‘Martelo Bigorna’ e ‘Continuação’, respectivamente. “A primeira é uma música meio autobiográfica, porque fala um pouco do desejo de você seguir o seu sonho a qualquer custo, a qualquer preço. E de poder fazer jus a essa caminhada. Poder chegar hoje e dizer: as escolhas foram acertadas!”. Enquanto ‘Martelo Bigorna’ faz uma espécie de revisão da trajetória, ‘Continuação’ aponta para o que pode vir a seguir. Não à toa, é dividida com seus três filhos, João, Bruno e Bernardo.  “Ela termina dizendo ‘amor, a morte, a continuação’. Tem essa característica que a gente está falando o tempo todo, que é a intimidade. Eu quis documentar isso com os meus”.

Um olhar sobre o tempo e uma reflexão sobre a relação do homem com questões contemporâneas, como o aquecimento global e a poluição, entre outras, perpassam todo o disco. ‘Labiata’ é um reflexo do passado, bússola para o futuro e, por isso mesmo, um retrato preciso do agora.

Sobre o Natura Musical

O Natura Musical tem por missão estimular e difundir a música raiz-antena. A música que resulta do encontro de elementos tipicamente brasileiros com conceitos, idéias e sonoridades universais. A música que tem raízes na nossa terra ao mesmo tempo em que olha para o mundo.

Por meio do programa de incentivo a projetos de cultura, a Natura atua em duas frentes: os editais públicos de seleção de projetos e, patrocínios diretos.

Desde o lançamento do Natura Musical, em 2005, foram contemplados no editais de seleção pública, 104 projetos de diversos gêneros artísticos e estágios de produção musical, atingindo 17 Estados brasileiros de todas as regiões do país e mais de 200 mil pessoas de diferentes idades e classes sociais.

Sobre a Natura

Criada em 1969 a partir de um laboratório e uma pequena loja em São Paulo, a Natura é a maior fabricante brasileira de cosméticos e produtos de higiene e beleza e líder no setor de venda direta. Com mais de 5.900 colaboradores, a empresa registrou receita bruta de R$ 4,3 bilhões no ano de 2007, um crescimento de 10,6% em relação ao ano anterior. A Natura está presente no Brasil, Argentina, Peru, Chile, México, Venezuela, Colômbia, Bolívia e França – onde mantém uma loja e um centro-satélite de pesquisa e tecnologia. Sua força de vendas, no 2o trimestre de 2008, é formada por 761 mil consultores, sendo 660 mil no Brasil e 100 mil no exterior.


Vivo Rio
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Rio de Janeiro – RJ
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LENINE
Data: 29 de novembro
Horário: 22h

Classificação: 16 anos

Bilheteria VIVO RIO

AV. Infante Dom Henrique, 85 – Parque do Flamengo
Atendimento de segunda a sábado das 12h às 21h – domingo e feriado das 12h às 20h

Ingressos:

Pista superior: R$ 40,00
Pista: R$ 40,00
Setor 1: R$ 50,00
VIP: R$ 50,00
Camarote B: R$ 50,00
Camarote A: R$ 50,00

Online: Ingresso Rápido

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