No espetáculo, uma fusão das linguagens musical e teatral para contar a história de uma das grandes cantoras do país da década de 30.
A cantora brasileira que se consagrou como a maior intérprete de Noel Rosa passou os últimos anos de sua vida como a “jurada mal-humorada” de programas de calouros. Agora, essa grande artista ganha uma homenagem especial com a montagem do musical “Aracy de Samba e de Almeida”, que estréia no Teatro SESC Ginástico no próximo dia 4/11, às 19h. No espetáculo, o público vai relembrar os melhores momentos desta mulher inteligente, culta, transgressora, que tinha como maior paixão o samba e principal virtude a originalidade. Serão seis apresentações nesta curta temporada, que vai até o dia 13/11.
“Aracy de Samba e de Almeida” é um show cênico que resgata a trajetória da encantada Araca, e integra o “Chora que Passa”, projeto criado pela atriz e cantora Carol Bezerra. A proposta é desenvolver shows com repertório genuinamente brasileiro: samba, choro e maxixe, com performances cênicas homenageando antigos compositores e intérpretes da música popular Brasileira. O objetivo é resgatar nossa identidade cultural através destes artistas que tiveram grande importância na década de 30, época rica em originalidade no fazer artístico, e onde o conteúdo nacional era bem representativo. O texto, escrito por Daniel Costa e Carol Bezerra, é baseado em “Araca: A Arquiduquesa do Encantado” de Hermínio Bello de Carvalho.
Nos arranjos utiliza-se desde elementos tradicionais do “choro” até execuções performáticas, tudo organizado e produzido por Ítalo Peron, e dirigido pelo experiente Sérvulo Augusto. Poesias, humor, biografias e narrações dirigidas por Daniel Costa, permeiam as canções visando uma inter-relação entre as linguagens musical, teatral e literária.
A formação musical consiste em um quinteto com os instrumentos tradicionais dos regionais da época, como por exemplo: cavaquinho, pandeiro, bandolim, clarinete, violão 7 de cordas. O nome “Chora que Passa” que batiza o projeto, é título de uma peça do “Teatro de Revista”, gênero musical vindo da Europa no começo do século, que “abrasileirou-se” com Artur Azevedo, e era o principal difusor da música nacional antes do rádio.
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- Visão Carioca
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